segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Iluso

Não há tempestades nem procelas, a caravela está inerte no meio do mar de azeite. Não tenho inspirações para começar a viagem. Fiquemos por aqui. Acho que tenho medo de chegar.

5 comentários:

  1. Que mal lhe pergunte: qual a marca do azeite?

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  2. Obrigado, caro Iluso, pelo comentário que você fez no meu blog de microcontos.Realmente, carreguei uma certa cruz de 2001 a 2008. Como você não gostou nada em seu blog ( essa indolência portuguesa é foda), resolvi fazer observações sobre duas coisas: 1) O título. Muito legal o trocadilho; 2) caravela em mar de azeite.Putaquepariu! Imagem perfeita para ilustrar um português meio desanimado. Um abraço.
    Paulo Mota
    PS: A gente poderia fazer uma dupla caipira: Asteca e Iluso.

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  3. No comentário acima, onde está escrito " como você não gostou...", leia-se " como você não postou...

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  4. Olha, a Katia está me abastecendo de boas leituras. Adorei saber deste blog porque, além de luso sem ilusões, vc escreve muito bem. E eu sou viciada em letras negras. Gostei do tom nostalgico, melancólico, que tanto lembra os fados que ouço no carro pensando na minha avó portuguesa... Parabéns!

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  5. Ah, esse texto inicial me lembrou uma canção que amo e canto até a exaustão, várias vezes seguidas, do Madredeus, que diz assim:
    "Fui ao mar
    E não vi nada
    Nem sequer
    Vi onde estava
    Só ouvia
    A solidão
    Da cantiga
    Qu'eu cantava
    E senti-me só no escuro..."
    É que a viscosidade do azeite dá a impressão de algo arrastado, que não sai do lugar, enquanto o mar e este tipo de solidão da música me sugerem um estar estacionado no medo, uma sensação diferente.
    Nádia.

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